segunda-feira, 18 de maio de 2009

SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL

Ronaldo Coutinho fala de aquecimento global e diz que futuro é negativo (FOTO)

Geral - 17/05/2009 - 16h00min

“Só vamos mudar a natureza quando ela começar a dar tapas e quando houver vontade política”. Foi com essas palavras que o metereologista, Ronaldo Coutinho norteou a palestra sobre aquecimento global, ecossistema e crédito de Carbono, em Cocal do Sul, na última sexta-feira (15).
Coutinho fez um relato sobre a temperatura no Estado e no Brasil através de gráficos, tendo como base as variações de 2008. Falou dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña, as oscilações no Sul e fez um histórico climático de 1839 até 1990 onde destacou alguns dos desastres ocorridos na região, como enchentes, furacão, entre outros. “Naquela época não se falava em aquecimento global e, hoje, tudo é culpa dele. A culpa não é do fenômeno, eles sempre existiram. O problema é mais embaixo e se chama vontade política. Quando milhares de pessoas morrerem, a fome chegar, a água faltar talvez, ai sim, a classe política, principalmente, deverá colocar em prática o código ambiental. Porque Lei nós temos, vontade política nenhuma”, ressaltou.

A promoção foi dos acadêmicos do curso de administração do IMG/Unibave

O metereologista também acredita que o futuro do planeta é negativo e é preciso repensar as atitudes. “Nós só compramos. Ninguém deixa de trocar o celular, uma roupa. Tudo isso é matéria prima que se acumula por milhões de pessoas e afeta a natureza. Floripa, por exemplo, tem uma malha viária para 90 mil carros, hoje circulam mais de 250 mil. Se faltar água na Amazônia, Santa Catarina vai ficar sem. É preciso parar de desmatar. Temos muito pouco tempo e uma crise dos recursos naturais deverá acontecer se tudo ficar como está”, alertou.

Cerca de 200 pessoas participaram da palestra. O evento foi uma realização dos acadêmicos do curso de administração do IMG/Unibave e aconteceu no auditório do Instituto Maximiliano Gaidzinski (IMG). Segundo o diretor do campus Cocal do Sul, Celito Cardoso “esta foi uma oportunidade impar para compreender que todas as narrativas que se ouve é resultado do ser humano e a mudança começa dentro da nossa própria casa”, afirmou.

(Maria Luiza Da Rolt)

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